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Rio Nilo: - Minhas águas, meu povo e minha mística.

Vamos falar hoje do maior rio do mundo, com 6.650 km de comprimento, de muita história, fertilidade, e que até foi alvo de adoração pelos habitantes que viviam dele.

 Ó Egito, Egito! Egito pequeno menino, o que seria você sem águas do grandioso Nilo?

A máxima, "O Egito é uma dádiva do Nilo", se torna verdade quando destacamos o desenvolvimento do Império Egípcio por meio de atividades agrícolas. Com as estações  de cheia inundando as plantações e desabrigando comunidades ribeirinhas do Nilo, os egípcios foram condicionados a criar técnicas que utiliza-se o rio a seus favores, a partir daí o Rio Nilo passou de vilão a mocinho nos períodos de cheia.


Dentre as técnicas, temos a construção de canais de irrigação e diques que ajudavam nas estações de seca. Técnicas como estas que trouxeram abundância de alimentos para sociedade egípcia, proporcionando excedentes agrícolas para comercialização e para consumo dos cidadãos, crescendo assim o poder econômico do Egito.

Na religião o rio também foi protagonista. No Antigo Egito a civilização era politeísta entre seus deuses tinha como divindade Shuco (O Deus-Crocodilo).  Ligado a fertilidade que o Nilo trazia, os egípcios o cultuavam para garantir as cheias e cerimoniavam como forma de gratidão pelas boas colheitas. Inclusive O Deus Shuco tem sua aparição em Assassin's Creed Origins (Game produzido pela Ubisolft que se passa no Egito Antigo) como  Sobek, sendo ele um antagonista importante para desenrolar da história do Game.


Ainda nessa linha mística do Rio Nilo, era comum que sociedade egípcia criassem mitos que se baseassem em animais que situavam o fértil Nilo, e entre esses mitos surpreende o de Ammit. O povo egípcio acreditava que após a morte, o individuo era guiado pelo Deus da Morte, Anúbis, para o julgamento de Osíris, onde seu coração era colocado em uma balança e no outro lado uma pena, se o coração fosse mais leve que a pena o individuo teria a vida eterna e campos férteis para que sua colheita fosse sempre abundante, por outro lado se o coração pesa-se mais que a pena o julgado de alma ruim seria estraçalhado por Ammit, um demônio quadrúpede com corpo combinado de hipopótamo, leão e crocodilo.

A partir desse mito concluo que os egípcios nesse tempo já se esforçavam para entender a morte, vida e a fertilidade por meio de seus deuses e suas feras mitológicas. E essa gigantesca flora mitológica influenciou no comportamento dos habitantes do Egito, até por que é claro que ninguém queria ser devorado por monstro do Nilo ou sofrer com as inundações em razão da "ira" do Deus Shuco, então era melhor andar na linha, seguirem seus cultos, cerimônias e serem leais a seus imperadores.

Bom espero que tenha despertado uma vontade imensa em você leitor de viajar pro Egito para conhecer o maior rio do mundo. Só torço para que quando você decidir viajar o país não esteja em conflito cívil.


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